Seja um doador de órgãos
Existe alguém esperando por você!
De acordo com dados atualizados de 6 de junho de 2024, fornecidos pela Secretaria de Saúde do Ceará, o estado conta com 1.737 pessoas na fila de espera para um transplante de órgão. Este número é alarmante, especialmente quando se considera que, apenas na região do Cariri, há aproximadamente 1.200 pacientes em hemodiálise, dos quais menos de 10% estão registrados na lista de espera para transplante. Essa discrepância destaca a necessidade urgente em ampliar o acesso e a conscientização sobre a doação de órgãos, visando reduzir a lista de espera e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Como me torno um doador de órgãos?
No Brasil, para que a doação de órgãos possa ser realizada após a morte, é necessário que a família do falecido autorize o procedimento. Embora o desejo de ser um doador possa ser expresso por meio de documentos, tatuagens ou carteirinhas, a decisão final sobre a doação é da família. Isso está em conformidade com a legislação brasileira, que prioriza o consentimento familiar para garantir que a decisão respeite os valores e desejos dos entes queridos.
Portanto, mesmo que você manifeste sua vontade de doar órgãos, é essencial conversar com seus familiares e informá-los sobre seu desejo para que, em caso de falecimento, a autorização para a doação seja mais facilmente concedida e o processo de doação possa ocorrer de maneira tranquila e respeitosa.
Quem pode ser um doador de órgãos?
A legislação brasileira estabelece regras específicas para a doação de órgãos em vida, conforme a Lei nº 9.434/1997:
- Parentes e Cônjuges: De acordo com a Legislação brasileira, a doação de órgãos em vida pode ser realizada entre parentes até o 4º grau (pais, filhos, irmãos, tios, sobrinhos, avós, netos, bisavós e bisnetos) e cônjuges. Essa doação é permitida para rins, parte do fígado, parte da medula óssea e, em alguns casos, parte do pulmão.
- Autorização Judicial: Para pessoas que não são parentes de até 4º grau ou cônjuges, a doação de órgãos em vida só pode ocorrer com autorização judicial.
Também, pode ser doador aquele, que, em vida, informa sua família sobre seu desejo em doar seus órgãos pós morte.
(Todos os procedimentos relacionados à doação em vida devem seguir protocolos rigorosos para garantir a segurança e a saúde tanto do doador quanto do receptor.)
Quem não pode ser um doador de órgãos?
Pessoas com doenças infecciosas incuráveis, com câncer generalizado ou com alguma patologia, que por sua evolução, tenha comprometido os órgãos. Também ficam de fora pessoas sem identidade ou menores de 21 anos sem autorização dos responsáveis.
Essas restrições ajudam a proteger tanto os doadores quanto os receptores e asseguram que o processo de doação de órgãos seja o mais seguro e eficaz possível.