Antes de ser oficialmente incluído na lista do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o paciente enfrenta um longo processo, que inclui uma série de exames, viagens à Fortaleza, consultas e conversas com diversos profissionais. Nesse trajeto, um dos momentos cruciais é a entrevista com a assistente social, que questiona sobre as condições de moradia do paciente em sua cidade, seu cotidiano e a disponibilidade de uma residência adequada e próxima ao hospital, para ele e seu acompanhante durante o início do pós-transplante. Enquanto essas informações não forem fornecidas, a falta de um local definido pode se tornar um obstáculo para a inclusão do paciente na lista.

    A distância entre o Cariri e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), na capital cearense, representa uma das maiores barreiras enfrentadas pelos pacientes renais na busca pelo transplante. Muitos deles relatam a falta de interesse em realizar a cirurgia devido a dificuldades financeiras, problemas de locomoção e a ausência de apoio durante a estadia em Fortaleza. Diante desses desafios, a Renais do Cariri criou a Casa Viva, um espaço seguro e acolhedor, destinado a receber pacientes renais e seus acompanhantes.